E se tudo aquilo que te contaram não for a VERDADE? IMPERIO TERRA III - 2ª REVISÃO em Progresso

quarta-feira, 23 de maio de 2012

De passagem pela Av. Berna

(...) Estaria alguém na Igreja de Fátima? – indagou-se ao passar por ela, do seu lado direito, mesmo a meio do trajecto entre o início da Avenida e o Edifício da CGD.

A Igreja parecia estar ocupada. Por dentro dos vitrais algumas luzes refulgiam na superfície trabalhada, e normalmente as pessoas, religiosas ou não, procuravam aqueles locais para se esconder naquelas ocasiões. As duas descrições dos agressores, que conhecia, faziam comparações evidentes com os demónios, e era impossível não acreditar que muita gente procurara ajuda junto das Igrejas, e dos padres.

Estacou o passo para observar melhor. Não podia deixar de sentir algum conforto ao ver aquele templo pintado de branco, rodeado por um jardim e um vasto recinto que, de alguma forma, parecia imaculado. E a ideia de que lá dentro pudessem estar pessoas era agradável! Apurou melhor o ouvido para perceber se de lá ecoaria algum cântico apelando à intervenção divina... Mas apenas o silêncio lhe respondeu num grito ensurdecedor! (...)

In Trilogia Império Terra : o princípio, pag. 35

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A Frota do General Dracoci

«(...)O General Ladrego olhava taciturno pela janela dos seus aposentos para imensa frota de 250 naves paradas para descanso do pessoal. Ao longe ainda conseguia avistar o vermelho do Acmon e, se apurasse bem a vista, distinguiria as várias manchas negras espalhadas ordeiramente pela órbita do seu mundo, as silhuetas das naves que haviam ficado para trás para proteger o mundo de um eventual ataque Abido, a frota do general Dracoci.(...)»





in Trilogia Império Terra - A Guerra da Pirâmide, pag. 63

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Lisboa, 25 de Outubro de 2029; Algures... 17h21m15s


«Era escuro, cheirava a bafio, e estava meio deitado sobre o que lhe parecia ser um divã. Havia uma luz ténue, que com esforço identificou como sendo de um candeeiro a gás, depositado em cima de uma caixa de madeira, ao fundo, do lado esquerdo.
Apercebeu-se depois de um som vindo do lado direito. Assemelhava-se ao som da água remexida: um ligeiro borbulhar, depois bátegas caíam desordenadamente, e por fim o som de água corrente a cair de uma altura média, e silêncio…
Virou suavemente a cabeça e no outro canto, sob a luz fraca, viu a figura sensual de uma mulher. De costas para ele, segurava sob a nuca os longos cabelos negros com a mão esguia, enquanto a outra passeava um pano molhado pela pele morena clara, deixando-a luzidia, acariciando as sinuosas curvas em esse. Deveria ter aproximadamente a sua altura, estava despida, o que se compreendia face ao calor, e banhava-se suavemente, como se tratasse de um ritual: inclinava-se sobre a tina improvisada, que deveria ter sido um recipiente metálico qualquer, e sem dobrar as pernas, o que lhe permitira perceber que estava em boa forma física, mergulhava de novo o pano na água. Era alguém que praticara seriamente desporto, pela forma como a musculatura se evidenciava, mas que não o fizera insensatamente, porque era extremamente feminina. Molhou demoradamente o pano na água, e depois ergueu-se repentinamente e torceu-o sobre a cabeça com ambas as mãos e com os braços bem esticados, deixando que a água jorrasse sobre si.»

in Trilogia Império Terra, O Princípio, pág. 41

quinta-feira, 3 de maio de 2012

«(...)e começou a percorrer a larga Av. de Berna. Optou por ir ao meio, assim poderia ir vendo o topo dos vários edifícios que ladeavam o caminho. Esperar o imprevisto sempre fora uma boa técnica de sobrevivência. Eles poderiam estar longe, mas havia a possibilidade de terem deixado sentinelas! Ou então, poderiam existir alguns ladrões à coca... A vida demonstrara-lhe que por muito clara que fosse a desgraça humana, havia sempre alguém que procurava lucrar com ela...»

in, Trilogia Imperio Terra, Vol.1 - O princípio, pag. 34, 2008